30 março 2006

 

Campeonato da Língua Portuguesa

Como já vem sendo habitual, aqui estou eu, empenhado, a concorrer a alguma coisa em que não estou inscrito. Desta vez é o Campeonato da Língua Portuguesa, e a inscrita é a minha mulher.

Respondemos ao teste da primeira fase, e fomos apurados para a segunda! Agora temos até ao final desta semana para enviar o teste da 2ª fase. Começámos hoje, e acabámos agora (bela hora). Amanhã será rever, enviar, e confiar.

A iniciativa é brilhante - pôr os portugueses a pensar seriamente sobre a sua língua, a conhecer seriamente as últimas evoluções ditadas pelos acordos e pelos tratados (não fazia idéia que agora havia tantas palavras com hífen, a ser reconhecidas como substantivos per si, e ao mesmo tempo tantas palavras de onde o hífen "desapareceu", pelo menos na versão "moderna" da língua, se bem que continuem, em muitos casos, a estar formalmente correctas (e.g. pré-fabricado). Também aprendi que backup já vem no dicionário, e que os dicionários agora custam trinta contos.

Só lamento que este tipo de iniciativas não conheça grande adesão fora dos círculos académicos e de uma franja que se situa bem acima da fasquia média - senão de cultura, pelo menos de empenho e interesse - da nossa população. É pena, a língua portuguesa merecia mais e melhor amor destes filhos que diariamente a maltratam, a vilipendiam, a prostituem.

16 março 2006

 

Municípios, datacenters e conventos


Os autarcas sempre tiveram bom gosto. Acabo de regressar das Jornadas EDD, evento de divulgação/promoção do Évora Distrito Digital junto da comunidade de municípios do distrito. O evento teve lugar no Convento do Espinheiro, edifício do século XV, nos arredores de Évora, que eu conheci nos anos 70, em péssimo estado de conservação, e que hoje vai convertido - e muito bem - em hotel de 5 estrelas.

O local dá vontade de ir com mais tempo, para revisitar o espaço, num sítio onde chega a ser fácil imaginar que o mundo lá fora parou.

As jornadas foram um sucesso, audiência em quantidades entre o médio e o médio mais, atendendo ao universo limitado de possíveis; qualidade no expectável, afinal quem lá estava sabia o que lá estava a fazer. Falou-se de muita coisa, falei sobre datacenters - a encomenda que levava - e sobre como explicar aos autarcas o dinheiro que é preciso gastar na informática, e porque razões é preciso gastá-lo. Não fiz promessas de que funcione, mas conto com o feedback de quem mo prometeu e me dirá se a receita é por aí ou nem por isso.

E agora durmo, que o meu mal é sono.

 

Évora, a Internet e a Cidadania

Já cá se sabe que não há almoços de borla. A Associação de Municípios de Évora convidou-me para almoçar, mas na verdade o que eles querem é que eu vá às Jornadas EDD: Infra-Estruturas Tecnológicas do Évora Distrito Digital falar sobre DataCenters.

Amanhã direi como correu...

 

cd players na era do mp3

o carro da minha mulher tem um buraco por onde se podem enfiar mp3 que depois tocam no rádio. dito assim parece uma espécie de podcast com rodas mas nao é. é só uma ficha igual à dos fones, se lá ligarmos um gravador de cassetes também funciona, mas eles vendem aquilo como "ficha mp3" e as pessoas compram porque acham giro.
pelo menos tiveram o beau geste de oferecer um iPod à rapariga para ela ter alguma coisa com que enfiar os mp3 lá para dentro. não que ela já o tenha feito... de certeza que conheço pessoas que ligam menos à tecnologia que ela - não me consigo é lembrar de nenhuma assim de repente.

mas assim de repente o buraco dos mp3 é bem melhor que o meu carro, que embirra com CDs gravados. não, não é nenhuma protecção anti-coiso das mais avançadas, é o leitor de CD que é chunga [sic] , mesmo.

e por isso amanhã em vez de passar umas duas horas de caminho a ouvir Jane's Addiction como me apetecia, lá vou eu gramar com outra coisa qualquer. mas antes isso que o rádio do outro, que tem a mania que é nórdico e embirra com os buracos das estradas...

 

you don't have to wear that dress tonight

Estou há 41 horas seguidas a trabalhar e assim de repente lembrei-me da outra que era puta porque queria, que se não quisesse tinha muitas outras coisas para fazer, dizia-nos a vizinha.

Pois eu cá tenho a certeza que há por aí muitos modelos e continentes que me adoravam ter à caixa. Mas eu sou asim porque quero, e não me apetece mudar.

Impertinente? Talvez. Irritante? sempre.

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