18 outubro 2005
Tenho sono como o frio de um cão vadio
Isto disse Campos, engenheiro naval com saudades do futuro.
Repito-o, com toda a força que resta, mas a vontade é sacar da chave de fenda e entalhar em letras gordas na mesa que "Aqui estuvo el Manolo en vísperas de ir al patíbulo". Sim, que nada disto é fácil, viver neste jardim-canteiro-aterro.
Passei três minutos a ler blogs de juízes desta terra, e acabei ainda mais deprimido do que tinha começado. A desgraça dos outros nunca me consolou, muito menos agora.
Podem correr as cortinas, que eu já durmo?
Repito-o, com toda a força que resta, mas a vontade é sacar da chave de fenda e entalhar em letras gordas na mesa que "Aqui estuvo el Manolo en vísperas de ir al patíbulo". Sim, que nada disto é fácil, viver neste jardim-canteiro-aterro.
Passei três minutos a ler blogs de juízes desta terra, e acabei ainda mais deprimido do que tinha começado. A desgraça dos outros nunca me consolou, muito menos agora.
Podem correr as cortinas, que eu já durmo?
14 outubro 2005
Afinal não somos só nós!
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Os "europeus" também metem água, e a imbecilidade não é um exclusivo nacional.
Os soberbos ingleses também se enganam, e aos sempre superiores franceses também lhes enfiam o barrete, pelos vistos.
Em causa está um simples e singelo sistema de venda de bilhetes na bonita cidade de Grenoble, França, daqueles com menus em várias línguas, onde, pasme-se, ao seleccionar a língua Inglesa o sistema sofre de um distúrbio de personalidade e nos dá as boas vindas ao Croydon Tramlink e se desafz em simpáticos votos de boa viagem. O problema é que o Croydon Tramlink é em Londres, e não em Grenoble, alguém se esqueceu foi de avisar o sistema...
Das duas uma, ou isto foi um inglês que se armou em preguiçoso, e um francês que pensou "testes? quais testes?", ou então tanto um como outro afinal são é portugueses, fruto desta diáspora obreira que, pelo menos, já aprendeu a ir fazer asneira é para os sistemas dos outros...
10 outubro 2005
entre ladrões e ladrões, ladrão
cito Guillén, cubano, trazido à memória por Jerónimo de Sousa, e recordo (das partes que Jerónimo não cita)... Yo, que amo la libertad con sencillez, como se ama a un niño...
os ladrões voltaram porque a "maioria" os quer. onde andas tu, velho BB, que é altura de demitir este povo e eleger um novo...
os ladrões voltaram porque a "maioria" os quer. onde andas tu, velho BB, que é altura de demitir este povo e eleger um novo...
09 outubro 2005
Autárquicas 2005
só nestas, é verdade, só nestas cada cor é convidada a definir o que é vencer.
nem outras fazem tanto - só estas - contraponto à contradança do poder.
nem nunca em nenhumas como estas foi tão claro que os carneiros vão pastando por onde cheira a comer.
nem outras fazem tanto - só estas - contraponto à contradança do poder.
nem nunca em nenhumas como estas foi tão claro que os carneiros vão pastando por onde cheira a comer.
08 outubro 2005
Ideia do Mês - Votos em Branco com Mandatos
V. Vasconcelos Raposo explica no Expresso desta semana uma ideia brilhante: dar a plena relevância e significado aos votos em branco, convertendo-os em mandatos, obviamente não preenchidos. Isto, digo eu, e apenas isto, dignifica o gesto de votar em branco e lhe dá o pleno significado expresso pelo eleitor.
Além do óbvio significado político, este gesto permite que o voto em branco se transforme numa medida de contenção orçamental, uma vez que cada lugar vazio é menos uma sanguessuga a extorquir salários e pensões e mordomias ao orçamento que, eles mesmos o dizem, anda nas ruas da amargura.
E isto sim, permitira a inversão do ciclo crescente de abstenção, mostrando que afinal os 40% que não votam não se estão nas tintas para a política, estão-se é nas tintas para os políticos.
Agora só falta o mais difícil, que é passar da ideia á prática. Seria quase infantil esperar que fosse a própria corja, digo, classe política a implementar esta alteração. Que tipo de movimento de cidadãos será preciso para isto acontecer? Abaixo-assinado? Manifestação? Revolução?
Além do óbvio significado político, este gesto permite que o voto em branco se transforme numa medida de contenção orçamental, uma vez que cada lugar vazio é menos uma sanguessuga a extorquir salários e pensões e mordomias ao orçamento que, eles mesmos o dizem, anda nas ruas da amargura.
E isto sim, permitira a inversão do ciclo crescente de abstenção, mostrando que afinal os 40% que não votam não se estão nas tintas para a política, estão-se é nas tintas para os políticos.
Agora só falta o mais difícil, que é passar da ideia á prática. Seria quase infantil esperar que fosse a própria corja, digo, classe política a implementar esta alteração. Que tipo de movimento de cidadãos será preciso para isto acontecer? Abaixo-assinado? Manifestação? Revolução?