07 março 2009
isto não me está a acontecer
Sempre tive um fraco por pop manhosa. Dantes era a Kate Bush, a Blondie, a Suzanne Vega, pelo meio foram os Roxette, Til Tuesday (mais a Aimee Mann propriamente dita), mais recentemente as Au Revoir Simone, que eram quase a única coisa popzinha que ouvi na fase mais recente de metal nórdico.
Esta semana aconteceram-me os Rosie and the Goldbug e uma coisa chamada Lover. Já não tinha uma faixa em repeat 3 horas há uns anos bons, e não tenho a certeza se me faz bem. Ainda nem percebi se a banda é péssima ou excelente, de atordoado que estou. Pior: sei porque estou assim, e não é da música. Walking on air sem razão nenhuma, sei o que isso dizer. Já não andava assim há uns oito ou nove anos, não assim…
que é que eu ando a fazer ao tempo, pá?
Três anos depois,
- Ainda não fui a Montalegre
- Não fui à corrida dos sofás da Vodafone
- Este ano parece que não há CLP
- O Pandora está bloqueado para não-americanos
Em compensação, nasceu o meu filho mais novo, a mais velha está linda, o meu trabalho é giro e corre bem.
É muito, e provavelmente é o que mais interessa, mas tem dias em que sabe a pouco. Falta o resto, falta o sal e o açúcar. Há dias em que um homem acorda e percebe que não interessa nada andar por aí a ameaçar-se que vai mudar de vida. Um dia pega em si, chega lá e muda. Pode não ser a única, mas foi sempre a melhor maneira.